terça-feira, fevereiro 10, 2009

Capital Social Estratégico - Parte I - Análise Redes Sociais

De volta, vamos a mais um conceito para a consolidação do que chamamos de Capital Social Estratétigo: as redes sociais e a sua análise. Boa leitura.

As redes sociais conduzem a uma nova abordagem de pesquisa social com ênfase nas relações entre diversas unidades de interação, não só no indivíduo de forma isolada e independente. Para Nan Lin, um dos expoentes do estudo do capital social, as redes sociais “representam uma estrutura social menos formal nas quais existem (sic) pouca ou nenhuma formalidade no delineamento de posições e regras e na atribuição de autoridade aos participantes”. A forma de atuação de uma rede social é diferente de uma realizada em uma estrutura de rede formal ou mesmo nas chamadas redes temáticas. Suas relações se dão por meio do estabelecimento de acordos mútuos em que a persuasão é a base de convencimento. Porém, a formação de redes se dá de acordo com os interesses de cada indivíduo ou grupo. Podemos ter redes diferentes atuando em um mesmo ambiente. Esta é uma implicação que mostra o conceito de capital social de James Coleman. Uma rede temática está relacionada a um assunto específico e sua grande preocupação está em sua estrutura, diferentemente do capital social e das redes sociais.
A análise de redes sociais, sob a ótica das organizações, volta-se para os estudos das redes, visando à melhoria de sua competitividade, e está estreitamente relacionada com a gestão do conhecimento. Em artigo elaborado por Cláudio Terra e outros autores, eles enfatizam a importância dada pelas organizações de ponta à análise de redes sociais e a conceituam como sendo o “mapeamento da relação entre os diversos atores de uma organização e a representação destes relacionamentos na forma de matrizes, gráficos e análises quantitativas e qualitativas destes relacionamentos”. Este conceito, de forma ampla, caracteriza a essência do método e nos impele aos objetivos principais de seu uso para as organizações, que, de certa forma, estão alinhados com a Ciência da Informação: o conhecimento dos fluxos de informação e conhecimento. Assim, as redes sociais possuem um papel importante para a inovação, à medida que são elas que mantêm os canais e fluxos de informação, tendo como base a confiança e o respeito para a existência do compartilhamento de informação e da consequente inovação pela provocação dos processos mentais de seus atores. Com um foco mais organizacional, Cross e Parker vêem a análise de redes sociais contribuindo para o aumento da colaboração dentro das organizações. É colocada como mecanismo para obtenção de uma visão mais exata e de ajuda no processo de tomada de decisão e de promoção de uma efetiva colaboração. Desta forma, os executivos podem obter insights para tratar as desconexões e a inflexibilidade nas redes.

No próximo POST explorarei mais a metodologia da análise de redes sociais. aguardem.
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