terça-feira, fevereiro 09, 2010

Forças de Porter e o "Efeito de Rede"

Voltando à entrevista realizada por José Salibi Neto, da HSM do Brasil, a Michael Porter e com a intenção de fomentar as discussões sobre capital social, redes sociais e estratégia, percebo que ainda há a percepção de que as redes sociais podem ser isoladas assim como as dimensões do modelo de Porter (Para quem quiser ter uma idéia do artigo acesse gravatasolta.com.br e veja o post "Modelo Estratégico Nespresso"). Michael Porter relatou em sua entrevista a necessidade de revisão de seu modelo incluindo uma nova dimensão que considerasse o chamado "efeito da rede". Acredito na existência do "efeito de rede" porém esse efeito deve permear todas as outras dimensões fortalecendo as redes interna e externamente e não ser vista como mais uma dimensão. Isso reforça a idéia de que as redes estão não só no lado da demanda, conforme comenta Porter na entrevista, mas também do lado da oferta. As redes sociais não podem desconsiderar os atores que são influenciados e aqueles que influenciam o ambiente. A meu ver, se considerarmos apenas a demanda no "efeito de rede" criaremos uma lacuna de um conhecimento importante e que faz parte do processo de construção de novas idéias, o conhecimento inerente às relações existentes com os fornecedores, concorrentes e os próprios clientes.
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domingo, fevereiro 07, 2010

Estratégia e Redes Sociais

A edição janeiro/fevereiro 2009 da HSM Management traz uma entrevista com o guru da estratégia Michael Porter. Apesar de alguns elogios ao Brasil, relacionados à nossa criatividade, espírito empreendedor e o que ele chama de sensibilidade à estratégia, Porter tece algumas críticas que, na minha opinião são carregadas de desdém. Em um pequeno trecho sobre o aeroporto de São Paulo Porter generaliza uma má administração, funcionários à toa e desinteresse ao cliente. Acredito que, como estudioso em gestão, ele pudesse ser mais cauteloso em suas generalizações. Vejam o exemplo dos EUA como gestor e grande causador da crise econômica deflagrada em 2008, cujas consequencias vemos até hoje.
Deixando à parte essas críticas mais nacionalistas, o artigo mostra em geral que as instituições, sejam públicas ou privadas, devem olhar com maior cuidado para suas relações internas e externas. As redes sociais, de colaboração e outras formas de entendimento das relações com nossos clientes e parceiros são temas constantes nas publicações especializadas e merecem ser vistas como estratégicas. Lembro que estudar redes sociais (diria melhor estudar o capital social) não é apenas estudar as tecnologias hoje disponíveis na internet. Podemos analisar o capital social para nossas rotinas de trabalho e para a compreensão das relações com o ambiente externo. A entrevista com Porter cita por diversas vezes a inovação e a análise do capital social pode diagnosticar se o perfil da rede social está ou não voltada para a inovação. Esse é um dos pontos que diferencia o modelo do Capital Social Estratégico do framework do Groundswell.
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